RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, julho 15, 2002
Fantasmas De Marte

Ou o filme do flashback, já que são vários flashbacks e flashbacks dentro de flashbacks.

Gostei mais da faixa de comentários em áudio de John Carpenter e Natasha Henstridge do que do filme em si, o que já diz muito. Os comentários são divertidos, mesmo que seja papo furado em quase sua totalidade. Natasha se revelou uma surpresa, não sendo uma puxa saco, tendo perguntas interessantes e até ironizando um pouco Carpenter. Como no início quando Carpenter diz que está do lado da linda, ótima e irritante atriz Natasha e ela devolve com "o mesmo pro Carpenter, só o 'handsome' que não' ou quando ela pergunta do por quê em uma cena ela beija um dos seus subordinados, coisa que parece deslocada no filme. Carpenter apenas achou que seria legal. Ou a relação com drogas, já que seu personagem não é dominada por um fantasma justamente pelo fato da personagem ser viciada em uma nova droga. Nesse ponto ela pressiona Carpenter que admite que tem sentimentos ambíguos com drogas e o fato da personagem tomar drogas já a faz estar em boa estima para ele. Logo após Natasha questiona sobre as experiências com drogas de Carpenter, que fica no cigarro e na maconha (jogando mais para os anos 60 já que Natasha fala que ele admitindo atualmente isso poderia dar rolo para ele com as autoridades hehe) e não coisas como ácido, aumentando a comprovação para Natasha que Carpenter é um maníaco por controle (maniac freak) já que ele evita coisas que o fazem perder o controle. Ela o indaga do por quê no aúdio de comentários Carpenter a elogia toda hora e no set de filmagem quase nunca, ele escapa dizendo que foi a melhor maneira para que eal interpretasse seu personagem. Falando nos flashbacks eles discutem as terríveis cenas (para atores) explicativas, que são as falas que levam a um flashback, geralmente falsas e que irritam atores ao ter que interpretá-las. Carpenter lembra que John Wayne odiava essas cenas, mas diz que não acha que poderia fazer isso apenas visualmente para que o público entendesse, Natasha acha possível, claramente contrariando Carpenter que constrangido apenas fala que então ele deveria voltar a escola de cinema para aprender isso. Discutem armas também, tanto em sets como na vida real. Ambos gostam de atirar em clubes de tiro, mas Natasha não gosta de armas em sua vida rotineira, possuindo uma ou tendo uma em casa, mesmo que em Los Angeles todos tenham uma e a pessoa parece ser levada a ter uma também; mesmo em set ela tem cautela com as armas mesmo que não estejam armadas de verdade. Carpenter desvia, mas parece ser daquelas pessoas que coleciona armas e só não admite pq Natasha acabara de falar muito mal delas em casa, com acidentes e a violência urbana. Quando o vilão do filme aparece Natasha passa a cantar "the beautiful people" para mostrar o quanto o vilão lembra Marilyn Manson. A insinuação homossexual no começo entre o seu personagem dela e a que Pam Grier interpreta não é explorado no decorrer do filme.

Bom, há muitos outros fatos legais que saem do papo furado. Quanto ao filme em si acho bem regular, sem grande propósito ou excitação. É Carpenter repetindo muitas cenas de Hawks de novo e de novo, às vezes dá pra se perguntar se não seria melhor rever um filme de Hawks do que ver um novo do Carpenter...

Pena que a mixagem de som tenha abafado os sons dos tiros, nas filmagens os sons são muito mais impactantes do que acabou indo para as telas.

Nos extras fora o making of aparece as gravações da trilha sonora com o pessoal do Anthrax e participações de Steve Vai (que não aparece nos créditos, quer dizer que foi limado da trilha?) e Buckethead (até nos estúdios usa a máscara), tocando muito e Carpenter só falando "that's the best, THE best".

Gostei de como a Nastasha encara certas coisas, mesmo ela não sendo uma grande atriz. Não tinha nenhum respeito por ela, agora até que acho ela legal. Espero que faça bons filmes no futuro.

Josie E As Gatinhas

Bom filme pop com 3 garotas que tem sua banda levada ao estrelado rapidamente por um empresário ardiloso. O filme brinca com o fato das mensagens subliminares estarem nas músicas de rock de várias bandas, fazendo o público alvo virar consumista. É uma avalanche de marcas e produtos durante todo o filme, indo do banheiro com enfeites McDonalds, aos tapetes Revlon e até a água de um aquário para baleias de um zoológico ser da marca Evian. As brincadeiras são engraçadas como as novas ondas da moda como "coca light é a nova diet pepsi", "Heath Ledger é o novo Matt Damon", etcs. As três atrizes são ótimas, Rachael Leigh Cook, Rosario Dawson e Tara Reid, combinando muito bem com seus personagens. Tara é adorável fazendo uma Melanie ingênua, feliz e otimista. Os "vilões" caem em ótimas mãos de Alan Cumming e Parker Posey (existe atriz com cara de tédio/blasê mais perfeita que ela? por isso é musa dos indies). As canções são legais e o cliam divertido. Outtakes no final. No dvd making of, clipes e cenas deletadas.


posted by RENATO DOHO 2:56 PM
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