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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, julho 08, 2002
A Soma De Todos Os Medos

Ótimo thriller. O filme começa num ritmo todo próprio, sem a necessidade de entreter, mas vai formando as bases e jogando informações para o que vem pela frente. A partir da explosão o filme pega outro ritmo e lembra bastante a emoção dos livros de Tom Clancy, no qual o filme é baseado, isto é, várias ações simultâneas (em até vários lugares do mundo) com tensão constante. Os procedimentos pós-ataque com relação ao presidente, as indecisões e dúvidas dentro do avião presidencial, a busca de Ryan por contato são todas ótimas, bem postas e apresentadas. No livro os inimigos são árabes, modificados evidentemente para dissidentes russos nazistas; e Ryan é rejuvenecido, ainda começando o namoro com Cathy, quando já deveria estar casado e um pouco mais velho. O filme parece ser um resumão do livro (que é enorme e ainda não lido todo), mas não fica ruim principalmente pela metade final. Ryan é um herói atípico que tem na inteligência sua melhor arma, o que é estranho para ser transposto para as telas (filmar análises de dados não é exatamente empolgante, coisa que o filme corta). Bom que seja popular no cinema (nas versões Alec Baldwin, Harrison Ford e agora Ben Affleck, pelo visto aprovado pelo público e até por mim que não estava acreditando que ele seria adequado para um papel desses). O personagem John Clark interpretado por Liev Schreiber foi bem apresentado e o ator tem potencial para continuar no personagem (mais condizente que o Willem Dafoe de Perigo Real E Imediato); ele alterna com Ryan o papel de principal nos livros de Tom Clancy (o livro Sem Remorso parece que vai ser levado paras as telas por John McTiernan e tem Clark como principal). Além de tudo isso o filme não transpira patriotismo e o final não exalta nada em especial, mas já lança dados para futuras continuações, mostrando as ligações de Ryan com o espião russo e Clark fazendo o trabalho sujo.

A seqüência do ataque parece ter sido cortado, pelo menos não aparece cenas do povo ou do estádio sendo destruído (será que os cortes têm a ver com 11/09?) centrando mais nos carros que levam o presidente e o helicóptero em que está Ryan. Se eu já senti algo ruim vendo essas cenas imagine eles lá se vissem mais cenas de destruição de multidão, seria de mau gosto. Os ataques em solo russo também só são mostrados pela câmera dos aviões, fazendo com que não haja grandes custos e nem que o filme leve ao fascínio da destruição, tão comum nesses filmes, dá um tom mais realístico e acertado.

Fico aguardando novos capítulos da cine-série com Jack Ryan. Phil Alden Robinson provou que pode continuar dirigindo os filmes.

Vou querer terminar o livro (ou recomeçar pq estou bem no começo ainda) pra ver as diferenças e mais detalhes de tudo. E posso passar direto para Sem Remorso e Dívida De Honra (esse com Ryan de novo e o Japão como país central da crise). Nas livrarias daqui já se encontram disponíveis outros dois livros dele depois desses: Ordens Do Executivo (meu primo leu e parece que Ryan vira presidente nesse) e Rainbow 6 (não sei se Ryan ou Clark participam desse). Ainda para vir estão The Bear And The Dragon e Red Rabbit (nem lançado nos EUA ainda).



posted by RENATO DOHO 9:46 PM
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