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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, maio 15, 2003
Ali (Idem)

Michael Mann recorta uma parte da vida de Cassius Clay indo do começo de boxeador até a luta com George Foreman na África. Will Smith incorporou bem fisicamente Ali, talvez só tenha ficado um pouco mais sério do que o Ali real, na época sempre brincalhão e falante. As atitudes de Ali com relação ao seu recrutamento são ótimas. Ao final parece que fica falatando algo. Mann valoriza as lutas, meia hora no início e meio hora final e os momentos em que Ali pensa, como na longa corrida de treinamento na África, deixando muita coisa para o espectador preencher como a relação dele com os africanos, suas raízes, sua religião, sua posição no mundo, etcs. Talvez isso explique a pouca repercussão do filme, não há nenhum dado inusitado que alguém já não saiba da vida de Ali, pelo menos no recorte que o filme dá (a infância e os anos pós doença poderiam ser explorados pois não são muito conhecidos). A centralização em Ali (Smith) faz com que todos os coadjuvantes não consigam alçar vôos maiores, incluindo a interessante figura do repórter de tv (o irreconhecível Jon Voight) ou as esposas, o treinador judeu, os personagens de Giancarlo Esposito, Jamie Foxx e Joe Morton. O Malcolm X de Van Peebles até que consegue um destaque.


posted by RENATO DOHO 10:16 PM
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