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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, maio 22, 2003
Os Magníficos Ambersons (The Magnificent Ambersons)

Não lembro muito bem do filme de Orson Welles para comparar, por isso vejo esta refilmagem como um filme por si só. Supostamente este filme foi feito com base no roteiro original de Welles, tendo várias coisas que no filme original foram cortadas pela RKO. Acho que a melhor qualidade é o elenco: Madeleine Stowe, Gretchen Mol, Bruce Greenwood, James Cromwell e até Jennifer Tilly (geralmente irritante pela voz). Só que no meio disso tudo há Jonathan Rhys-Meyers como um dos principais da história e aí que a coisa complica. Seu personagem é tão chato, pomposo e arrogante que não dá para separar ator de personagem, ainda mais por fazê-lo muito canastrão (mas isso é de direção pois até nos flashbacks as crianças que interpretam o mesmo personagem são irritantemente canastronas). Óbvio que existem pessoas assim (já conheci vários) mas como esse personagem vai conduzir o filme, não nos identificamos de nenhum modo, mesmo ao final quando cai em desgraça (e ficamos perguntando para nós mesmos por que uma moça adorável como a personagem de Gretchen Mol se apaixonaria e continuaria apaixonada por ele depois de tudo que passa). O filme mistura a trajetória de declínio de uma aristocracia, da importância do nome de família com a relação incestuosa, dolorida e nociva da mãe com seu filho e vice versa, além de mostrar ao fundo as mudanças da nova era. Alfonso Arau dirige de forma que não fique muito convencional (o filme foi feito para a tv) mas também nada de muito inovador. A produção é requintada. O efeito para as leituras de cartas é ao mesmo tempo diferente e engraçado (por vezes ridículo), mas funciona como por exemplo no bom final.



Opinião tirada da Amazon:

"Alfonso Arau's handsome The Magnificent Ambersons, based on Orson Welles's original screenplay, is a brave attempt to restore the dramatic scenes lost when RKO radically recut Welles's magnificent 1941 masterpiece, but it's less a remake than a new take on the material. Bruce Greenwood makes a gracious and sincere Eugene Morgan, the inventor who woos heiress Isabel Amberson (a vibrant Madeleine Stowe) and finds his rival is her spoiled, arrogant son, George (played with sneering, bug-eyed intensity by Jonathan Rhys Meyers). It hits a few sour notes (notably Meyers and a terribly miscast Jennifer Tilly as the jealous Aunt Fanny), but the "new" scenes explore the sprawl of the city, the falling fortunes of the Amberson dynasty, and the almost incestuous intimacy between mother and son only hinted at in Welles's compromised version. It may lack the grand design and cinematic grace of Welles, but it creates its own gentle take on Booth Tarkington's turbulent novel."


posted by RENATO DOHO 2:54 PM
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