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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, maio 31, 2004
Freqüência Mortal (Dead In A Heartbeat)

Eis aí um filme pequeno, feito para a televisão, que é bem competente e empolgante. O roteiro é cheio de improbabilidades e absurdos, mas tudo é bem conduzido e não é desleixado (geralmente em thrillers baratos os procedimentos policiais são mal feitos). Os dois atores principais ajudam (o esquecido Judge Reinhold e a que nunca conseguiu o estrelato Penelope Ann Miller) tornando os personagens críveis. A trama mistura a ação policial de se achar um psicopata que coloca bombas em marca passos (ei, eu disse que o roteiro tem absurdos!) onde o líder do esquadrão anti-bombas se junta à médica que implantou os aparelhos em pacientes numa corrida contra o tempo com o lado pessoal dos envolvidos (o questionamento da função do médico e a relação do policial com seu filho). Sendo para televisão temos os tradicionais ganchos de intervalos (com os fade outs) e pouca violência explícita (o que ajuda, como a explosão do paciente no aeroporto onde só vemos a reação do policial ao sair do local). Enfim, um thriller televisivo melhor que a média. Visto por ter Penelope Ann Miller no elenco (que infelizmente nunca deslanchou). O diretor, Paul Antier, só fez este filme até agora, vamos ver se continua sendo um bom realizador.

Warlock II - O Armagedon (Warlock - The Armageddon)

Visto por indicação do trabalho de Anthony Hickox feita por
Carlos Reichenbach. Não vi o primeiro, mas esta continuação se sustenta sozinha. O destaque realmente fica por conta da direção, já que o roteiro e os atores não ajudam nada (há várias situações e diálogos fracos). Há oportunidade de brincar com gêneros (na seqüência do circo, do confronto final meio western, nos filmes de estrada). Paula Marshall, a mocinha, está bem jovem no filme e surpreendentemente não bela (é daquelas que ficou bonita conforme a idade foi chegando). Julian Sands parece se divertir fazendo o canastrão vilão. Há um pouco de gore em certas partes (no nascimento, no final). E há porta para outra continuação (que não sei se foi feita).

Os Maridos (Husbands)

Belo filme de John Cassavetes infelizmente visto na Globo que deve ter cortado a duração e foi dublado. Mesmo assim o que sobrou é muito bom, claramente um filme "bêbado" pelo tom, pelo clima, pela encenação, pela história. As atrizes escolhidas são particularmente interessantes pois parecem amadoras e passam no olhar aquela desconfiança e naturalidade que atores não conseguem passar (só notar que atores ao fazerem cenas de que estão conhecendo alguém mantém os olhos firmes, enquanto que seria de se esperar olhos inseguros, que não conseguem manter contato, que tremem). Mais que uma história o filme parece ser de cenas, do tipo, a cena do banheiro, a cena do cassino, a cena do quarto, a cena da bebedeira, a cena do jogo de basquete... Cassavetes atuando parece ser o melhor justamente porque encontra a loira alta (e problemática) no cassino, é com ela as melhores cenas e o melhor relacionamento (aliás, seria muito interessante se o filme virasse o foco pra ela). O foco no personagem de Ben Gazzara é evidente, mas não me passou todos os conflitos internos que claramente seu personagem enfrenta. Já Peter Falk pra mim continua o mesmo, seja interpretando esse marido perdido ou o detetive Columbo ou um anjo ou um treinador de mulheres boxeadoras, o mesmo tipo de trejeitos (há quem curta, pra mim soa como disco riscado).

Caçadores De Vampiros (Tsui Hark's Vampire Hunters)

Produção de Tsui Hark dirigida por Wellson Chin. Curioso por misturar vampiros com artes marciais, mas falta algo ao filme, talvez personagens principais mais bem trabalhados (nunca sabemos bem quem estamos acompanhando ou quem nós deveríamos nos importar). As cenas de ação / terror são boas e no final é isso que faz o filme ser uma boa diversão, mas acho que não dá pra esperar mais que isso.

posted by RENATO DOHO 11:02 AM
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