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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, maio 26, 2004
Zoo Story

Nove anos atrás ia pela primeira vez ao teatro ver uma peça séria, pois acho que antes, no máximo, tinha visto algo infantil. Seria a peça Zoo Story de Edward Albee, encenada no CCBB do Rio. Pena não ter o programa da peça e nem lembrar da data (não anotava antes essas coisas), pois queria saber quem adaptou e quem eram os atores. Bom, quando vi que a peça estaria sendo encenada aqui quis ver de novo para comparação. Não que lembrasse muito do que vi tempos atrás, além de ser um embate entre duas pessoas no Central Park só lembrava de um efeito cênico que pontualizava a narrativa, parte do cenário e o aplauso final na hora errada. O que diferencia nessa nova encenação: o ator sentado no banco é mais jovem (antes era um senhor), há a interessante presença do músico ao lado do palco, pontuando musicalmente e com ruídos passagens da trama, o cenário, agora mesmo que minimalista, como antes, é mais bem feito - telas ao fundo lembrando as árvores do parque, folhas no chão e duas cadeiras. Os diálogos estão um pouco rígidos demais em certas partes, onde se poderia colocar coloquialidade (banheiro em vez de mictório, um valeu ao invés de obrigado, etcs), causando aquele estranhamento de se estar vendo uma peça, quando poderia se apostar na naturalidade. Quem sabe poderia ter se mudado a localização da peça de NY para São Paulo? Ou não é permitido? Ao citar ruas da big apple a peça coloca a platéia presenciado algo longe de sua vivência, creio, quando a história é universal. Mas, o efeito da peça é o mesmo, Albee, num peça curta (um pouco mais de uma hora), faz de uma situação banal ter dimensões maiores do que o esperado. Mais informações
aqui. E quem quiser por acaso ler a peça em inglês, enjoy it!

posted by RENATO DOHO 10:19 PM
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