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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, junho 03, 2004
O Dia Depois De Amanhã (The Day After Tomorrow)

Primeiro bom filme que vejo de Roland Emmerich, o que não quer dizer muita coisa vindo de alguém que fez ID4, O Patriota, Stargate, Godzilla e Soldado Universal (dos que vi e que não gostei de nenhum). O filme é uma enciclopédia de clichês e uma história que enrola demais (o filme poderia ter uma hora e meia), mas por algum motivo não deixa que sejam fatores críticos para a apreciação do filme. Geralmente essas histórias "bigger than life" têm estorinhas particulares que movem a narrativa (aqui no caso a relação pai e filho). Ao balancear bem o geral com os particulares (o início do romance na biblioteca, a mãe médica com o paciente, o pai buscando o filho e os pesquisadores no centro meteorológico) o filme não decai muito e consegue ser no mínimo competente nestas estórias. O destaque fica para Emmy Rossum, uma gracinha que tem um belo sorriso e ao mesmo tempo uma cara de assustada e frágil. Fica engraçado Jake Gyllenhaal ter algo com ela, já que ela parece ser muito criança ainda. As esperadas devastações são boas, mas curtas demais (quase tudo tinha sido visto no trailer, que ainda por cima revelava muito da trama quando poderia deixar mais no suspense). Só NY e LA são mais focadas... Curioso a escolha do ator para o vice presidente (a cara do Dick Cheney) e a questão do refúgio no México (além da mensagem de agradecimento ao "então" chamados países do terceiro mundo). O terceiro mundo é a salvação! hehe Estranho que os personagens achem que o mundo vai acabar quando pelo que apresenta os países abaixo do equador pouco sofreriam (até os astronautas não vêem algo que não seja o continente norte do planeta!). Oras, América Do Sul ficou intacta pelo visto, o mundo não acabou! hehehe O cara da biblioteca que salva a bíblia de Gutemberg é inusitado e legal, pena que pouco explorado. Ainda falta explicação pra um monte de coisas, mas a principal é a inútil jornada do pai para achar o filho que serviu para... nada! Se o pai não viesse eles estariam bem na biblioteca, o sol sairia e os helicópteros resgatariam os sobreviventes (como aparece no final - que é bom, mostrando que eles não foram os únicos sobreviventes, o que seria ridículo, mas bem passível de acontecer num filme - mas esquecemos que os sobreviventes são novaiorquinos que sobrevivem à tudo!!!). Então serviu para o pai deixar morrer seu grande amigo! Ah era esse o motivo hehehe Só cumprir uma promessa é uma desculpa bem da esfarrapada, mas como o filme frisa sempre, os americanos "don't leave any men behind", que é regra número 1 do exército. Mas no final o filme é uma boa diversão com alguns pequenos toques ambientais (dava pra ver claramente a satisfação de terceiro mundistas da platéia, o que não deixa de ser irônico já que deram dinheiro é prum filme de primeiro mundo, talvez num multiplex de lá também e pensando estar se vingando dos imperialistas americanos, pensando "vcs vão precisar de nós um dia" hahaha bem espertos esses gringos!).


posted by RENATO DOHO 9:35 AM
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