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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, agosto 06, 2004
Onde Impera A Traição (The Duel At Silver Creek)

Western ágil, curto e bem realizado por Don Siegel (seu sétimo filme). Tem o jovem Audie Murphy se juntando ao xerife de Silver Creek para resolver o problemas de invasores que têm matado fazendeiros e mineradores e se apossado de suas terras. É impressionante que em menos de 80 minutos desenvolva tão bem sua trama e personagens, por isso o filme não tem "gorduras", não perde tempo com o que não seja necessário ao desenrolar dos acontecimentos.

O Caçador De Bruxas (Matthew Hopkins - Witchfinder General)

Filme regular, sem muitas novidades que tem Vincent Price como o vilão, um caçador de bruxas que adquire fama por onde passa. Até que um jovem soldado parte em busca de vingança após o caçador ter matado o tio de sua noiva, além de ter iludido a jovem com promessas de perdão em troca de favores sexuais. Há um pouco mais de sadismo nas cenas de tortura dos supostos combinados com o demo (a mulher amarrada numa escada e abaixada numa fogueira é a mais significativa), mas fica nisso. O final é levemente trágico. Um poema de Edgar Allan Poe é recitado no início e no fim do filme, mas sem muita ligação com o filme em si.

Tempo - Uma Questão De Sobrevivência (Tempo)

Telefilme fraco com uma envelhecida Melanie Griffith. A trama nem vale à pena ser comentada, mas ao menos temos Rachael Leigh Cook no elenco (motivo para que eu visse o filme). O final não é lá muito feliz.

Hellboy (Idem)

Primeiro filme do Guillermo Del Toro que acho bom por inteiro. Não vi Cronos, mas os outros nunca me satisfaziam inteiramente. Não que esse seja ótimo, não, é apenas bom. Curioso que o filme lembra os outros filmes dele, partes ali e aqui, como estivesse retrabalhando ou reutilizando coisas para um resultado mais satisfatório. Também nunca li os quadrinhos de Mike Mignola e pelo trailer não tinha ficado entusiasmado, talvez por isso, pela falta de expectativas, é que tenha curtido. Outra coisa é que o filme lembra partes de outros filmes baseados em hqs, vemos X-Men, Homem Aranha, Hulk, Demolidor e outros espalhados no filme. Um ponto positivo é que o jovem (Rupert Evans) não se mostra chato e é por ele que entramos no filme, torcemos mais por ele com Selma Blair do que o rejeitado Hellboy (Ron Perlman, bem caracterizado). Na maioria das vezes coloca-se um jovem atraente e prepotente para esses papéis. O conflito existencial e/ou amoroso do protagonista não convence (que sempre é colocado em quadrinhos de "monstros", só lembrar de Wolverine / Jean Grey / Ciclope onde o bruto perde a mocinha para o certinho) já que se corta do bebê Hellboy para o já quase adulto. Não entendi ou procurei entender como os outros integrantes do grupo (o homem anfíbio, a mulher chama) adquiriram seus poderes. O vilão principal é fraco, mas o mascarado nazista é bem interessante e poderia até ser um bom personagem como herói, o seu visual é ótimo. O filme parece um piloto de seriado (com orçamento mais polpudo) e até a história poderia ser melhor trabalhada em episódios semanais do que em filmes em série... o que faz sentido, já que a maioria dos personagens em quadrinhos serve para isso, uma história seriada.

Matadores De Velhinha (The Ladykillers)

Refilmagem de um filme que não vi (do Alexander Mackendrick) que os irmãos Coen (agora assinando a direção conjuntamente) não tentaram atualizar muito (só o personagem de Marlon Wayans tem um toque atual). Tom Hanks está estranho e falante e seu personagem é esquisito, sem muitas explicações do por quê disso. J.K. Simmons está otimo (assim como faz um ótimo J.J. Jameson em Homem Aranha) e é dele a maioria das boas cenas de humor. Aliás, para quem viu poderia tirar a dúvida se aparece uma introdução do seu personagem como acontece com os outros integrantes do bando? Eu tentei lembrar durante o filme e não conseguia e fiquei intrigado com isso. A parte final é a mais engraçada, cheio de humor negro. É um filme que ao menos lembra um pouco do antigo trabalho dos Coens e isso já é uma pequena qualidade. A utilização cenográfica e musical do interior americano são mais uma vez muito bons, são irônicas, mas vê-se que são coisas queridas dos cineastas.

UPDATE: procurei na internet e lembrei que a introdução de J.K. Simmons é a do comercial do cachorrinho e a máscara de gás. Caramba! A cena é engraçada e tem o Greg Grunberg que conheço de Felicity e Alias, então porque não lembrava dela no momento seguinte, quando todos foram introduzidos e eu me peguei encucado ("mas qual foi mesmo a intro do Pancake?")? Preocupante! Ficando velho e senil? Ou talvez aquela intro me fez imaginar outra coisa (estou lembrando agora) bem rapidamente com relação ao Greg sendo diretor e como isso ia ser trabalhado no filme, em segundos devo ter feito um filminho na cabeça com o Greg (e o cachorro) num filme dos Coens e por isso esqueci do J.K.! Só pode ser isso, as divagações que acontecem e fazem com que esqueça o filme que estou vendo (ou reforce se o caminho tomado vai de encontro à minha divagação)...


posted by RENATO DOHO 11:40 PM
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