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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, novembro 07, 2004
Os Esquecidos (The Forgotten)

Filhote mal formado de Arquivo X. A premissa é boa, mas a explicação é hilária (e revelada cedo demais) tornado o filme quase esquecível. Deve ser o filme que a Julianne Moore mais correu. Há um susto na metade inicial que eu já tinha sido alertado numa reportagem, mas é tão inesperada que é um verdadeiro teste cardíaco (fiquei até puto com o tal susto) e é até um elogio, pois não dá pra prever e é de impacto mesmo. Depois percebemos que o filme é cheio de sustos, há um outro bom na cabana. Faltou um Fox Mulder na trama. O embate final de Moore com o vilão beira o ridículo, mas tem algo nele que impede que demos risada deste ridículo (a interpretação de Moore?). No final, a mensagem do filme parece ser: "mãe é mãe" hehehe

Nina

O diretor viu muito David Lynch... e mal. Eis o que se pode deduzir após o final do filme. A proposta é interessante, um filme "moderno", urbano, com uso de quadrinhos, mas algo desanda no filme e a constante aparição de situações lynchnianas irrita pois como Lynch só ele mesmo, em outros a coisa fica falsa e ridícula (a fala da mariposa é um dos exemplos de ridículo, o ator imitando um cão e os investigadores também). Pra começar o uso de Crime E Castigo deveria ter sido dispensado (dando ao filme um ar de importância que só joga contra o realizado). A apresentação de certos personagens é ruim (como o cego de Wagner Moura ou participações especiais de gente como Renata Sorrah, Matheus Nachtergaele, Lázaro Ramos, Selton Mello etcs). A velha tem uma interpretação caricata demais e a protagonista Guta Stresser até se sai bem vez ou outra, mas sua cara de cachorro sem dono constante é limitante (seu melhor momento talvez seja quando usa o humor que lhe é mais familiar). Na Ilustrada uma afirmação realmente faz sentido, o filme quer se moderno mas parece um filme anos 80 paulistano, tudo soa meio datado e artificial, não traz algo que pareça se passar nos dias de hoje. A trama é fraca também já que a velha não chega a ser muito odiável e nem a protagonista muito oprimida (parece ser mais uma ex mimada, agora rebelde). Mas apesar de tudo o diretor não se mostra um fracasso, só que ele junta mal todas as possíveis qualidades do projeto (o roteirista, o fotógrafo, o músico, o desenhista, os atores, etcs). Se ele souber manejar tudo isso melhor da próxima vez algo de interesse possa surgir. Ou não hehehe


posted by RENATO DOHO 2:16 PM
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