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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, maio 05, 2005
Trekkies 2 (Idem)



Continuação de documentário que fala dos fãs de Jornada Nas Estrelas. Fica uma impressão que melhoraram, mudando o foco. No primeiro houve mais a preocupação de mostrar o fenômeno das convenções e do fanatismo dos fãs com vários depoimentos do elenco da série. Desta vez Denise Crosby (apresentadora e que participou da Nova Geração) vai pelo mundo encontrando fãs na Inglaterra, França, Austrália, Itália e até no Brasil! Alguns entrevistados do primeiro filme voltam para dar uma atualizada em como estão. É ótimo ver Gabriel Köerner e Barbara Adams de novo. Ele um nerd engraçado que está casado e tem uma carreira no cinema mexendo com efeitos visuais (vários efeitos do documentário são dele, incluindo a abertura). Ela ficou famosa ao ir como jurada no caso Whitewater vestida com o uniforme de Star Trek. A passagem pela Sérvia é bem interessante no que a série representa para os fãs de lá (e acontece modestamente a primeira convenção). Para quem já se acostumou com os fãs da série não há mais um olhar de estranhamento, de que são pessoas esquisitas. Hoje quando vai ficando cada vez mais comum vermos convenções de anime e os cosplays, os de Star Trek parecem até um grupo a mais que não difere de um fã de uma banda ou alguém de uma torcida organizada de futebol ou um beato. O legal é a convivência pacífica e inclinação para a tolerância que vem do espírito da série (ou das séries já que temos a Nova Geração, Deep Space Nine, Enterprise). No dvd há cenas excluídas de quase uma hora que tem muitas coisas que poderiam estar na metragem oficial (podiam até substituir a parte das bandas que se alonga um pouco demais), dois curtas de fãs (fazem muitos filminhos por aí baseados na série) e comentários em aúdio do diretor e da apresentadora que são curiosos e divertidos (como o que falam de São Paulo, por exemplo). A terceira parte está nos planos (estão contactando os fãs asiáticos que não apareceram desta vez). Mesmo eu não sendo fanático por Star Trek sempre tive mais gosto e interesse nessa série (e cine-série) do que Star Wars. Tanto a clássica quanto a nova geração tinham episódios fantásticos. Pouco vi dos novos desdobramentos, mas ainda vejo os filmes para o cinema. E não tem como não ficar com vontade de ver ou rever os filmes e episódios após ver toda essa devoção e inspiração que o fenômeno causa em milhares de pessoas pelo mundo.

A Roda Da Fortuna (The Band Wagon)

Em poucas palavras: extraordinário! E isso que não sou lá muito fã de musicais. Deve ser o primeiro filme de Fred Astaire que vejo na íntegra e só confirmou que é inigualável no charme e técnica. Vincenti Minnelli domina a arte de filmar musicais, com longos takes e movimentação criativa (e musical). Muitas seqüências memoráveis. Ao lado de Cantando Na Chuva virou meu musical favorito.

Confissões De Uma Garota Americana (Confessions Of An American Girl)

Filme estranho no que se propõe. Humor negro? No meio da metragem percebemos que quase todo filme se passa numa visita à um presídio durante um piquenique anual, quando achávamos que isso seria uma parte da narrativa. As situações caricaturais (e interpretações idem, menos de Jena Malone que não importa como, sempre é maravilhosa) podem causar desconforto. A história é baseada num fato real, o que aumenta a estranheza. Pode desagradar muita gente pelo tom não identificável.

Helter Skelter (Idem)

Sendo para a tv não temos muita violência explícita (mesmo sendo essa a versão sem cortes do diretor). A história de Charles Manson é mais uma vez contada, só que ainda não inteiramente do seu ponto de vista, mas de uma das integrantes da "família". Por isso já pegamos Manson na fazenda até as circunstâncias que causarão sua prisão e condenação. Jeremy Davies teve todo um envolvimento com o personagem (um vídeo de uma improvisação dele rodou anos Hollywood motivando até contratos para outros filmes), lendo tudo sobre Manson, ouvindo sua voz num headphone enquanto dormia, etcs. Sua interpretação é muito boa, mas não sei se chega a ser parecida com o verdadeiro. Manson tinha algo de mais psicótico e agressivo (na fala) do que Davies. Pros interessados (como eu) vale conferir.

Um Crime De Paixão (The Reckoning)

Trabalho interessante de Paul McGuigan na direção em como situa os personagens e como vai costruindo a trama que envolve novamente as percepções da realidade, a máscara (quase literal pelo uso do grupo teatral) e a comunicação truncada (a condenada que é muda, o padre pecaminoso, o lorde ausente, o corpo presente). As tomadas de cima são inusitadas pela distância tomada e pelo efeito espacial causado (dando uma boa noção de onde os personagens se encontram).


posted by RENATO DOHO 5:38 AM
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