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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, agosto 17, 2005
Sin City - A Cidade Do Pecado (Sin City)

Um bom filme de Robert Rodriguez baseado nas hqs do Frank Miller. Vendo o filme dá pra perceber que o projeto teve o erro de ser pra cinema, não há estofo narrativo nas hqs de Miller para um longa, o ideal seria que Sin City fosse uma série televisiva para a HBO pois o nível de violência não é alto para o canal. Os "episódios" do filme me fizeram lembrar muito de Fallen Angels que eram adaptações de contos noirs de autores famosos para o canal Showtime. A narração em off, os finais "espertos", os personagens intercambiáveis... E assim poderíamos ter três boas histórias de uma hora ao invés da metragem do cinema e a possibilidade de mais adaptações dos quadrinhos. Toda a produção se adequa ao formato televisivo já que no cinema várias partes ficaram falsas demais (cenas nos carros, atropelamentos, planos gerais) lembrando a contenção de gastos que produções televisivas têm. De resto o elenco é bem montado e a divisão de Assassino Amarelo para iniciar e concluir o filme foi uma boa decisão. É certeiro em Rodriguez a escolha de atrizes bonitas (mesmo em Spy Kids percebesse seu bom olhar para mulheres como a garota do 3 que tem tudo pra ser uma graça quando crescer e a Alexa Vega) e aqui ele teve a chance de variar bastante. Pra mim o grande destaque é a Alexis Bledel fazendo quase que o anjo do mal; Jessica Alba ainda não sabe atuar e não passa toda a perversa sensualidade que a personagem tem nos quadrinhos ou sequer que esteja apaixonada pelo velho tira; Carla Gugino é a melhor aparição; até a esquisita Devon Aoki (só eu acho a atriz esquisita?) está bem como a muda e expert Miho; Clive Owen parece que já estava em Sin City bem antes, nos curtas da BMW, sua voz é ideal para narração e o seu jeito cool combina muito bem com o filme, acrescentando um humor saudável e uma irônia crítica na coisa; Mickey Rourke também está bem, mesmo que pareça que esteja fazendo Hellboy; Benicio Del Toro é o mais engraçado por ter o personagem mais escrachado; Elijah Wood consegue ser até mais creepy que o personagem original pelo olhar; os que deixaram a desejar foram Michael Madsen, Michael Clarke Duncan, Powers Boothe e Rutger Hauer. A música passou desapercebida e a câmera por horas parecia travada demais na fidelidade aos quadrinhos (a cidade poderia ter sido mais explorada, mas o tipo de filmagem impossibilita isso). Se o filme virar série vai ser bem mais interessante.


posted by RENATO DOHO 10:38 PM
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