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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, setembro 05, 2005
Comédias Românticas

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De Repente É Amor (A Lot Like Love)

Bem calcado em Harry E Sally o filme tenta mostrar um casal em vários períodos de tempo e vida, se encontrando, se relacionando, mas nunca assumindo a coisa à sério. O primeiro encontro e outras coincidências poderiam ser mais realistas para dar força na história, começar no aeroporto e numa transa num avião já é forçar um pouco a barra, é se distanciar do espectador. Há um carisma do casal central, não necessariamente entre eles (é difícil imaginar alguém amando o Kelso... hehe). O lance profissional é o mais interessante, são tão perdidos como a geração para quem falam, de não definições de vida e de trabalho. Ela se acha na fotografia, mas ele ficamos na dúvida até no final, e isso é bom, tanto quanto mostrar sua aventura pelo mundo do comércio online (ele não se deu bem, ainda bem). Também como Harry E Sally há o foco na amizade do casal, pois vão se formando como amigos / amantes mais do que apenas amantes. A música tem um papel legal na história, nas constantes citações ao Bon Jovi (em referência ao primeiro namorado dela que vemos no filme), na cena muito divertida ao som de Chicago e na melhor cena da declamação de I'll Be There For You, cena essa que é melhor do que se vendia (pelo trailer), não é apenas cômica, ela evolue para se tornar emocional (e verdadeira), o que foi uma surpresa positiva. Destaque para o irmão surdo que apenas pela presença passa um espírito do bem viver e do bom humor, nunca se tornando uma muleta cômica ou melodramática (como a irmã acaba sendo). Acaba sendo um bom filme, mas poderia ser mais, só que foi tentar ser Harry E Sally, aí a competição é difícil.

A Dona Da História

Aproveitando uma promoção de filmes nacionais na locadora resolvi locar alguns que não vi e que talvez nem alugasse num dia normal, mas é bom para dar uma atualizada no cinema nacional mesmo em sua face mais comercial. O filme do Daniel Filho até que ficou acima da média do que eu esperava. É um filme simpático e uma narrativa diferente do que vemos usualmente em produções americanas (experts neste gênero). A narrativa paralela uma hora se cruza e não há nenhuma explicação boba e lógica para isso (como aconteceria fosse outra produção). Simplesmente acontece e os personagens se debatem sobre o tempo e o destino fazendo com que nenhuma das realidades mostradas seja a definitiva, o filme poderia terminar até numa realidade bem diferente daquela do começo (em relação ao presente que parece se mostrar como consolidada - o casal fica junto). Óbvio que dá pra saber como as coisas irão se concluir (mas isso nunca foi problema nesse gênero). Gostei muito mais do casal velho do que o jovem, ainda que Débora Falabella tenha uma inocência no olhar que encanta. O amor não constantemente declarado e até escondido do casal do presente soa mais real que o apaixonado jovem casal. Outra coisa diferente é colocar a coisa social e política na vida dos personagens, mesmo que de leve; esse assunto é até evitado em comédias românticas geralmente. E não parece um produto televisivo, mas isso o Daniel já tinha mostrado que não faz quando realizou A Vida Como Ela É.

Mais Uma Vez Amor

Uh, difícil esse filme, não que seja complexo, é simples demais. O duro é a reação e percepção... Não é ruim, mas não é bom também. Baseado numa peça de teatro não é teatral, mas nem cinema parece e às vezes parece tv. Não há cenas boas, mas coisas boas dentro da cena se debatendo com outras ruins. Os atores não estão bem, mas alguma fala ou olhar no meio disso soa bem. Uma boa idéia surge e desaparece. Ora fica caricatural e bem artificial, ora fica sentimental e emocional, não equilibrando ou definindo bem o que o filme realmente é. O que poderia ser mais sério é mostrado como paródia, o que poderia ser cômico vira dramalhão... Não sei se era assim, mas pelo que lembro o primeiro filme da Rosane Svartman tinha essas qualidades e defeitos também. A garotinha numa cena fica muito bem só no olhar, Cristiane Fernandes em outra também, mas só em uma cena. Juliana Paes é mais uma presença de beleza que outra coisa e o Tom Hanks nacional parece estranho como personagem e como par. Ah a "Juliana Paes" adolescente é uma graça, podia ser ela o filme todo! Enfim, só pra curiosos mesmo.


posted by RENATO DOHO 11:54 PM
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