RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, setembro 14, 2005
Segunda Chance (P.S.)



Ótimo filme que tem toda cara de filme indie americano, mas em alguma hora se livra disso e se torna algo mais. Uma das forças do filme é Laura Linney, excelente, como uma trintona separada e solitária que encontra um jovem quase idêntico ao seu primeiro namorado da adolescência, tendo a mesma cara, o mesmo nome e até o interesse pela pintura, que morreu num acidente quando jovem. O jovem quem faz é Topher Grace, cada vez mais mostrando que é bem mais que o jovem de That 70s Show, ele consegue atuar de igual para igual com Linney. Um dos cuidados do filme é com os coadjuvantes, seja o ex-marido Gabriel Byrne, o irmão Paul Rudd ou a amiga Marcia Gay Harden, todos têm presença importante (e o ex-marido numa ótima cena se mostra muito mais complexo do que se esperaria). Não sendo episódico o filme vai intercalando ótimas cenas uma atrás da outra, destacando a entrevista para a universidade, a do sexo entre Laura e Topher (com uma naturalidade excelente), a do espelho, a confissão do ex-marido, o encontro com a amiga e a resolução. A recusa de colocar algo suspeito na identidade do jovem ou procurar uma explicação para a semelhança entre o jovem e o falecido ex-namorado é acertada, não transforma um drama romântico em outra coisa, desviando o assunto. Canções bem escolhidas (incluindo duas da excelente Martha Wainwright) e uma boa trilha de Craig Wedren. Também há ótima escolha nos quadros pintados por Topher, nos créditos vemos que são de vários artistas, os temas apresentados nos remetem direto ao que o filme trata. O diretor Dylan Kidd fez antes Roger O Conquistador que em breve quero conferir. Havia um projeto dele filmar um roteiro com Jon Bon Jovi que não sei se vai vingar.


posted by RENATO DOHO 9:25 AM
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