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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, novembro 17, 2005
Meu Nome É Ninguém (Il Mio Nome È Nessuno)



Excelente western que tem Sergio Leone por detrás (a direção não é creditada, mas a idéia sim), quem assina como diretor é Tonino Valerii. É um filme que vi cenas várias vezes quando moleque, toda metade inicial eu lembrava de muita coisa, o início na barbearia (a entrada do título, fantástica), a cena do chapéu, a disputa no bar, etcs. Aliás a parte no bar, quando Hill bate no adversário é antológica, devo ter visto dezenas de vezes na tv e até hoje é maravilhosa. Muito bom ver o filme no formato 2:35, além da qualidade da imagem. O que dizer da trilha do Morricone então? Memorável. O que me surpreendeu positivamente é toda metade final que não lembrava e consegue criar emoção e significado, mais do que um mero western com humor, com toda a coisa da trajetória do herói que Hill tenta mostrar à Henry Fonda (numa relação mais complexa do que se possa imaginar à primeira vista). Na cena na linha do trem, quando Fonda espera o "Wild Bunch" é de uma emoção histórica rara, mais do que o personagem parece que se trata de todo um tipo de cinema encarnado ali (lembrando Era Uma Vez No Oeste) que pode levar às lágrimas o legítimo cinéfilo. Fora o nome do bando inimigo, Sam Peckinpah também é citado na cena do cemitério, é um dos enterrados ali. São duas cutucadas de Leone já que Peckinpah não aceitou trabalhar com ele. E o final? Perfeito.

Também vistos:

O Pássaro Das Plumas De Cristal (L’Uccello Dalle Piume Di Cristallo) - ***1/2
Plano De Vôo (Flightplan) - ****
Crash – Sem Limites (Crash) - ***


posted by RENATO DOHO 2:33 PM
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