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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, julho 14, 2006
O Estrangulador De Boston (Jill Rips)

Dolph Lundgren no segundo filme com direção de Anthony Hickox. Se talvez o filme não chegue a ser totalmente satisfatório ele é ao menos uma opção interessante, curiosa e corajosa de Lundgren. É aqui onde ele mais chega perto do que criou ao fazer o Justiceiro, um personagem mais angustiado, disposto a ir fundo para resolver o assassinato do irmão. Para isso vai entrar no mundo do sadomasoquismo e perceber que suas percepções e preconceitos sofrerão grandes mudanças. Lembra um 8mm sem o ranço de valores que o filme do Schumacher imprime. O final é bem emblemático do tom do filme, não é nada catártico, feliz ou pacificador, mas de reflexão diante do que vivenciou.

O Eliminador (Hidden Agenda)

Outro do Lundgren onde a diferença está na classe do personagem, lidando mais com inteligência. E não fica estranho vê-lo bem vestido, com charutos, champagne, sendo criador de um software revolucionário para o programa de proteção à testemunhas, etcs. A trama tem seu componente de intriga. Mais um pouco e Lundgren poderia se candidatar à próximo James Bond.

Quem Somos Nós? (What The Bleep Do We Know?!)

Quando ouvi falar do filme / documentário fiquei interessado e quis logo ver, mas só pude agora em dvd. Que decepção! Em duas frentes: na mais prática é o dvd da Playarte que tem um problema bastante comum em recentes dvds de certas distribuidoras - as legendas somem em certas partes, cortando falas, não concluindo frases, etcs. Geralmente na Imagem e outras de menor porte que isso ocorre. É irritante e prejudicial para quem não entende o idioma original. A opção seria ver dublado e eis que se nota que a dublagem apenas se sobrepõe ao áudio oficial, podemos ouvir os entrevistados falando, ficando ruim de se entender e com aspecto bem amador (como em alguns canais à cabo). E quando vamos ao filme em si... É esquizofrênico, não é ficção, nem documentário, nem drama, nem comédia, não tem um foco para o tema que se quer tratar, a estórinha inventada é muito fraca, sem ligação, as atuações são ruins, as animações passam do bom (parte séria) ao péssimo (uns bonequinhos que parecem gelatinas que falam, cantam e aparecem cada vez mais), e pra finalizar o que começa como debate de física quântica vira propaganda de seita new age! É como se de repente estivéssemos vendo um vídeo de apresentação da cientologia ou algo assim. E um vídeo mal feito (a cena da festa do casamento é ridícula de tão mal encenada). A coisa vai para o espiritual, mas o mais raso possível. Depois descobrimos que Ramtha é uma das entrevistadas (a que fala mais besteiras espirituais) e que os 3 diretores são alunos do centro dela. Então era um infomercial?! No meio disso salva-se dois ou três entrevistados que realmente falam algo científico, só que perdidos num papo nada a ver com o que se propunha. Pior é que parece que o "documentário" fez sucesso nos EUA, Canadá, aqui e em outros lugares e muito através do boca a boca. Fizeram até uma continuação que nem isso é, mas algo meio atualização, director's cut e seqüência (nem nisso eles conseguem se definir hehe). É como se quisessem ser um Fritjof Capra só que mal sucedido (Capra também tem seus críticos, mas é muito mais relevante que Ramtha - úm espírito de 35 mil anos de idade que veio da Atlântida!). Em certos momentos achei que David Lynch ia aparecer para falar de meditação transcendental pois o discurso é bem parecido (infelizmente). Mais vale ler Stephen Hawking ou mesmo uma idéia geral no Breve História De Quase Tudo do Bill Bryson.


posted by RENATO DOHO 12:05 AM
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