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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, agosto 30, 2006
Terror Em Silent Hill (Silent Hill) ••••

Se eu tinha gostado de O Combate o mesmo não aconteceu com Pacto Dos Lobos (e Necronomicon não me deixou impressão alguma) então não tinha lá grande interesse em ver esse novo trabalho do Christophe Gans. Só veria realmente por ser fã da Radha Mitchell e é ela um dos grandes trunfos do filme (o que é aquela roupa no início, hein?). Mas fora isso o filme não deixou de ser uma bela surpresa. O andamento não é lá muito bem elaborado (parece um pouco longo demais) fazendo com que, coincidentemente, eu olhasse para o relógio 3 vezes, sendo de meia em meia hora. A trama não apresenta algum lance mais original ou inusitado, sempre nesses começos a burrice dos personagens conta bastante para o desenrolar das coisas. O que vale é a interpretação e persona de Radha, alguns dos personagens introduzidos (a policial, quase um fetiche lésbico; e a líder da seita) e momentos bem conduzidos. De terror mesmo não há nada, há sim mistério, onde não se tenta o medo ou o susto, mas sim do desvendamento das coisas. Em várias cenas, situações e movimentos de câmera a gênese do video game é bem evidente - mesmo que eu nunca tenha jogado e nem saiba como é a trama - e isso não prejudicou o filme (os caminhos a seguir, os desafios, as armas disponíveis). Os vários efeitos especiais até combinaram e ficaram bem, por incrível que pareça, com os cenários se decompondo, os insetos gigantes e os monstros contorcidos. O ponto alto do filme é a parte final, que fez com que eu passasse a achar ótimo o que estava achando bom. Começando com a "queimação" e Radha se impondo de forma gloriosa logo a seguir. Totalmente Hellraiser a cena na igreja consegue em poucos minutos reunir muitas imagens inesquecíveis como os arames entrando em certos lugares e a dança de sangue a seguir. O melhor é que lá ficava mais evidente um aspecto que pode ser prejudicial para alguns, mas para mim foi benéfico: não há realmente vilões e monstros; como os cenobitas de Barker há sim crueldade, maldade, mas não em personificações, apenas em ações. Não esquecendo do instigante final. Um porém: botar Johnny Cash na trilha nestes tempos já devia ser proibido! Se antes era legal ouvir Cash aqui e ali agora parece moda ou uma forma de chancelar algo.

V De Vingança (V For Vendetta) ••

Apesar de ter os quadrinhos ainda não li a obra em que se baseia o filme e por isso só comento do que se fez nas telas. Talvez venha a concordar com Alan Moore que nem deixou o nome nos créditos, do filme não ter muito a ver com as hqs. Tudo parece banal e mal realizado, ou melhor, corretamente feito e superficialmente percorrido. Nem Natalie Portman dá um gás na coisa. Nada instiga, nada atrai, tudo fica parecendo a máscara de V, artificial e imutável. Fora que parece remake de 1984.

A Cor De Um Crime (Freedomland) ••

Filme que tenta chegar em algum lugar mas não chega a lugar algum. Toda a questão de raças, do bairro e tudo o mais que bem pode estar no livro (do autor de Clockers que é mais bem sucedido) não se ressalta aqui no filme. Talvez pela direção insossa do Joe Roth. Samuel L. Jackson não foge muito do que geralmente interpreta e Julianne Moore atua em constante estado de desolação. Moore novamente faz uma mãe à procura de seu filho.


posted by RENATO DOHO 9:33 PM
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