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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sábado, dezembro 02, 2006
Assassino Invisível (The Prodigy)



Apesar de tudo é um bom filme. Como assim? Eis um caso estranho. Filme independente, barato (200 mil dólares), diretor estreante e atores desconhecidos. As atuações em boa parte não são exatamente boas, alguns erros de roteiro aparecem aqui e ali (exemplo: não revistar o protagonista e comparsas no início quando entram para uma transação de drogas) e mesmo assim há algo de instigante na criação do "vilão" que é um assassino que é mais retratado como se fosse um vilão de filme de terror. As referências ao homem invisível aparecem no nome que ele assina e nas vestimentas. Em certa parte do filme o jogo entre ele e o protagonista parece lembrar Jogos Mortais (e o
cartaz japonês força a semelhança, mesmo que o filme tenha sido realizado antes). Ainda há alucinações e um trauma infantil que rodam a cabeça do protagonista que não é um policial como pode-se achar no início, mas o principal capanga de um mafioso. Aliás, o "vilão" poderia virar um protagonista em outro filme. O filme mistura coisas de filme de ação, thriller, suspense e um pouco de terror. Nada muito sofisticado mesmo porque o orçamento não deixa. O destaque fica por conta das cenas de tiroteio e das lutas: são bem feitas e há uma brutalidade corporal diferencial (houve treinamento específico com certos atores para isso). A reviravolta final é meio sem sentido se racionalizada (por que o vilão faria algo assim?), mas fica dentro do limite do que se espera de um thriller. E dentre as várias referências a cena final parece querer remeter à Coração Satânico no destino do protagonista. Curioso que o roteiro é escrito pelo ator principal, o seu parceiro no filme e o diretor, William Kaufman. Acho uma estréia bem interessante, vamos ver o que Kaufman fará daqui pra frente. O filme pode não agradar muita gente, pode-se achar precário, diluidor, banal, etcs, mas há de se concordar que é menos comum do que se vê por aí em produções do gênero. Engraçado que lendo depois as reações no imdb deu pra notar que muita gente do Texas (de onde é a equipe do filme) adorou o filme em sessões de festivais e tal e outra parcela de outros lugares não gostou (principalmente os ingleses).

Quem tem curiosidade (saiu em dvd por aqui) pode dar uma olhada nos trailers. Interessante notar as diferenças de como um mesmo filme pode ser vendido através do trailer:

Trailer oficial - dando uma visão geral do filme
Trailer japonês - enfatizando o lado terror



Uma coisa boa do filme é ter conhecido essa atriz, Mirelly Taylor. Uma graça que faz a namorada do ator principal. Ela tem um quê de Jennifer Beals com Penélope Cruz e um sorriso delicioso. Espero que fique mais conhecida daqui pra frente. Legal que achei foi um tipo de vídeo promocional dela, mostrando várias cenas de suas participações em filmes, um tipo de currículo visual que a agência dela deve ter feito (ou ela mesma).

P.S. - a música que toca neste vídeo promocional é This Years Love do ótimo David Gray.

posted by RENATO DOHO 12:32 AM
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