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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, outubro 29, 2008
Slacker

Filme do começo da carreira de Richard Linklater que gerou atenção ao seu nome. Pra quem já conhece seu trabalho vai reconhecer de imediato várias passagens que foram retrabalhadas em filmes posteriores ou mesmo temas que volta e meia ele quer debater. O que mais chama atenção aqui é o formato do filme, como ele é construído e isso deixo para quem for ver descobrir e gostar. Como o título deixa claro Linkater explora personagens que ou evitam o trabalho ou não são materialistas, divagando sobre a existência e outros assuntos. O próprio diretor aparece atuando logo no início mostrando que ele próprio se encaixa na descrição, divagando sobre sonhos.

Águia Solitária (The Spirit Of St. Louis)

Talvez o mais atípico filme de Billy Wilder, quase uma biografia correta sobre a histórica primeira viagem de avião que cruza o Atlântico (N.Y. - Paris) realizada por Charles Lindbergh. Quase não se percebe que estamos vendo um filme de Wilder (mesmo que ele tenha feitos vários gêneros sempre teve o toque dele que unia todos). Pelos livros Conversations With Wilder, de Cameron Crowe e Billy Wilder E O Resto É Loucura, de Hellmuth Karasek, o próprio Wilder dizia que não se sentiu à vontade fazendo o filme, pois Lindbergh era um amigo e por isso seguiu estritamente o livro sobre a viagem. Algo que colocou no filme foi a conversa de Lindbergh com um mosquito, para substituir falas em off, mas que foi abreviada pois James Stewart não gostou muito da idéia. Stewart é outro indício do quanto o filme se distancia da obra de Wilder, sua persona íntegra, seu jeito simples e ingênuo e seu posicionamento político conservador é o oposto dos típicos personagens e atores da obra de Wilder.

Agentes Secretos (Agents Secrets)

Filme de espionagem que reúne o casal Vincent Cassel e Monica Bellucci sob a direção de Frédéric Schoendoerffer cujo filme posterior, Por Trás Do Crime, vi e gostei. Não sei se é algo típico do gênero, mas os filmes de espionagem mais interessantes não são aqueles em que há uma missão e o espião a completa enfrentando todas as dificuldades possíveis, mas sim aqueles em que o espião tem que enfrentar a própria instituição em que se baseia a espionagem, combatendo o próprio sistema para quem trabalhava. É o caso aqui, o que aumenta o interesse e deixa as coisas um pouco menos estáveis e mais críticas.

Controle Absoluto (Eagle Eye)

Caso parecido com o de cima, ao final o problema é bater o próprio sistema, mesmo que aqui haja mais possibilidade de retirar o peso da responsabilidade dos reais responsáveis, dando a entender ser mais uma falha na engrenagem do que todo o organismo em si. Pena que o diretor venha da escola Michael Bay de filmar ação, fazendo com que tudo vire uma confusão só e deixe a empolgante narrativa prejudicada.


posted by RENATO DOHO 12:15 AM
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