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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, agosto 20, 2009
A Última Casa (The Last House On The Left)



Não vi o filme original do Wes Craven, mas fiquei surpreso por essa refilmagem (versão unrated) ter uma carga de tensão enorme, chegando até a incomodar mesmo não mostrando nada de mais explícito. É o terror do cotidiano, nada ali foge do que aconteceria na vida real, sem apelar para sobrenatural ou acasos demais. A novata Sara Paxton tem um desempenho acima da média, principalmente pela coragem de se sujeitar a certas cenas. A única coisa a reclamar é a cena final, totalmente desnecessária e que vai contra o filme todo. Infelizmente o filme sairá direto em dvd por aqui, achei uma boa surpresa.

Juízo



A cineasta Maria Augusta Ramos repete os procedimentos realizados em Justiça só que agora fala dos sistema judiciário para os menores. O lance de susbtituir os menores por outros garotos (não atores, sem problemas com a justiça) cria um diálogo com Jogo De Cena do Coutinho. Foi uma brilhante decisão que dá ao filme algo a mais, discute tanto a ficção quanto a própria situação retratada. É um documentário então ou não? O destaque maior fica por conta da figura da juíza. No começo ela é tão inusitada que parece um personagem, reforçando esse lado real/ficção. Ela é ótima e vale a pena conhecê-la!

À Meia Luz (Gaslight)

Um thriller clássico dirigido por George Cukor. Uma das grandes interpretações de Ingrid Bergman (ganhou o Oscar pelo papel), fascinante nas mudanças pelas quais sua personagem passa, dá gosto de ver tal desempenho em cena. Charles Boyer, como o marido, tem um poder hipnótico, de constante suspeita e ameaça, perfeito no papel. Angela Lansbury, em seu primeiro papel tem uma estréia de peso, seu personagem consegue se destacar diante de gigantes. Cukor, como sempre, extraindo o melhor de suas atrizes. A trama tem algo de teatral, assunto que sempre interessou Cukor, seja na interpretação da vida real à coisa do uso dos cenários (tudo se passando naquela casa, naquele quarteirão).

Arraste-Me Para O Inferno (Drag Me To Hell)

Sam Raimi tentando voltar ao gênero que o consagrou até que não faz feio (quem sabe eu veja Homem Aranha 3 agora). Mas ao final o filme não parece mais do que um episódio de Tales From The Crypt alongado (há problemas de ritmo no meio que enrola e deixa o filme parecer mais longo do que é) com cenas mais fortes. Até aquele final lembra os finais dos contos do seriado. Engraçado todo o tema do filme estar ligado à boca da protagonista, com coisas nojentas entrando em sua boca. Juntando o fato de que ela era gorda e que desconta sua frustração com comida (sorvetes, e ela é intolerante à lactose) o filme parece falar do pesadelo da anorexia (até falaram isso por aí). Tá mais para o próprio Raimi, que deixou suas raízes (a fazenda/baixos orçamentos) e se tornou ambicioso (cargo mais alto/Homem Aranha). O final diz muito o que ele mesmo acha que vai acontecer com ele hehehe Num lance curioso o filme até fica preconceituoso na figura do colega de trabalho asiático (traíra até o fim), tinha gente com raiva do "japa" na sala onde estava. Isso sem falar em como os ciganos são retratados...

A Proposta (The Proposal)

Simpático filme que tem na Sandra Bullock e alguns coadjuvantes sua força diante dos clichês de sempre. A trama inverte as posições, Ryan Reynolds faz a mulher e Sandra o homem.

Palavras Cruzadas (Wordplay)

Curioso documentário sobre... palavras cruzadas! Como sempre há nos EUA uma competição anual e boa parte da narrativa é sobre esse campeonato e seus participantes. No meio disso alguns fanáticos famosos pelo jogo dão depoimentos (como Bill Clinton e Jon Stewart). O final do campeonato parece até armado para dar emoção, mas foi assim mesmo.


posted by RENATO DOHO 1:12 AM
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