RD - B Side
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, dezembro 16, 2009
Guerra Ao Terror (The Hurt Locker)

Ótima volta de Kathryn Bigelow na direção de um filme (a última coisa que fez, em 2007, um curta para a Pirelli, não era nada empolgante) traz uma curiosidade: o filme é menos um filme de guerra, mas é uma típica aventura e guarda muitas semelhanças com a série Máquina Mortífera. Começando pelo protagonista que tem o jeito e as características de Martin Riggs (o papel que Mel Gibson fez), com suas loucuras e tendências quase suicidas, fazendo esconder seu lado sensível; depois sua parceria com o sargento negro certinho passando por diversas cenas que fazem paralelos com as da série, seja em situações como o desarmamento de bombas (a famosa do terceiro filme, mas também a do banheiro no segundo), o do franco atirador (no deserto no primeiro), ou mesmo atitudes do protagonista (o enfrentamento na rua com o motorista que ultrapassa a barreira) durante todo filme. Há até um "I'm too old for this shit" em certo momento. William James só não chega s ser tão bem construído como Martin Riggs, que tinha mais nuances. Essa semelhança traz vantagens (empolga mais) e desvantagens (a despolitização da guerra deixa a situação meio superficial, podendo ser até uma trama policial urbana). Sem falar que em termos de guerra atual a minissérie Generation Kill (que ainda não vi completa) é bem superior. Vi por aí que foi até comum essa comparação com os Máquinas Mortíferas, principalmente com a figura de Martin Riggs, então minha impressão inicial (e durante todo filme fiquei como se estivesse vendo 'Riggs no Iraque') não foi tão estranha assim como achava de início. Curioso também é ver o final desse filme com o de Caçadores De Emoção: antes o protagonista se rebelava contra o sistema, ao questioná-lo, escapando dele - agora ele o abraça, pois está viciado, e o vemos adentrando cada vez mais no plano final, é ali que ele se encontrou. Bigelow e Hollywood?

Crepúsculo (Twilight)

Levou um tempão, mas finalmente vi e não é que gostei bem mais do que acharia que gostaria? Eu só veria mesmo pela Kristen Stewart de quem sou fã há tempos. A trama é que me afastava de querer ver, só que com a continuação nos cinemas (e dominando as salas, não deixando opções) tinha que ver logo o primeiro capítulo da 'saga'. Achei inusitado perceber que não sabia nada do primeiro filme e nem tinha visto cena alguma! Acho que nem trailer eu vi. Sei mais da continuação (que ainda não vi) do que do filme original. O que foi bom, tudo era novidade. Que o filme era mais romântico do que qualquer outra coisa já dava pra adivinhar, a surpresa foi ver que a segunda coisa mais importante era que era um filme de super herói e menos de fantasia ou terror. Toda a estrutura lembra Superman, inclusive de cenas como a do alto da árvore que parecem as cenas de voo de Lois com o Superman. Os 3 vilões parecem os vilões do segundo filme, por exemplo. A salvação final é quase que a volta no tempo do mesmo filme. E assim vai. Mesmo as coisas que me desinteressariam de imediato como raças diferentes, tribos, sub-gêneros, enfim, regrinhas de universos de fantasia, não atrapalharam, pois são bem simples. No meio disso deu pra entender o sucesso entre adolescentes, principalmente garotas, por todo universo escolar e de primeiro grande romance na figura de um príncipe idealizado e protetor. A diretora tem uns tiques com a câmera que soam amadores, que já me irritavam em filmes anteriores, mas ela sabe abordar o universo jovem e talvez por isso tenha sido escolhida. A roteirista vem da equipe de Dexter. Fiquei com vontade de ver a continuação o que não deixa de ser um elogio à esse primeiro filme.

Eu Te Amo, Cara (I Love You, Man)

Mais um bromance que ao menos é melhor do que os mais aclamados que o Judd Apatow realiza. Paul Rudd, por mais que não seja, sempre tem esse ar de gay, o que nesse filme fica mais evidente, ficando quase falsa a relação dele com a noiva, e sendo mais verdadeira com os homens. O protagonista passa por várias situações identificáveis, facilitando a trama. Há um filme bem melhor francês com tema parecido: um homem tentando arranjar um amigo após notar que não tem nenhum em sua vida (com Daniel Auteuil, Meu Melhor Amigo). Só que a abordagem é bem diferente e bem mais emocional.

X Men Origens: Wolverine (X Men Origins: Wolverine)

Falaram horrores desse filme e não vejo onde. Chega a ser até uma boa Sessão Aventura. Talvez o que mais tenha irritado é a trama que desvirtua tudo do personagem, além de ser meio absurda. Mas abstraindo isso o filme empolga e tem boas sequências. E vendo que um filme deve aos Máquinas Mortíferas, outro se inspira em Superman e esse tem nome na produção executiva não resta dúvida que Richard Donner anda mais influente agora do que nunca! Sem contar que recentemente tivemos mais uma adaptação de "A Christmas Carol' (Donner fez Os Fantasmas Contra Atacam), A Orfã remete à A Profecia e O Procurado lembra Assassinos...


posted by RENATO DOHO 1:02 PM
. . .
Comments:


. . .