RD - B Side
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, março 07, 2010
O Fim Da Escuridão (Edge Of Darkness)

Mel Gibson retornando à atuação depois de vários anos. Mais envelhecido, mas com a mesma persona. A adaptação da minissérie britânica é a chance do diretor, Martin Campbell, retrabalhar o projeto já que ele dirigiu toda a minissérie à época. Tanto a trama quanto o ritmo são bem construídos, mesmo que haja incoerências. Cenas no melhor estilo Gibson de agir, como a do carro dando a volta para completar o atropelamento e ele impassível atirando no carro, só Clint Eastwood teria essa força pra cena ficar autêntica.

Capitalism – A Love Story

Tirando as besteiras do Michael Moore de sempre, como as brincadeirinhas que não acrescentam nada e certas entrevistas constrangedoras a parte em que fica mais em imagens televisivas e entrevistas com gente séria é muito boa (e um bom resumão dos últimos acontecimentos). Superior ao seu anterior sobre saúde e o das eleições de 2004, talvez seu melhor desde Columbine. Emocionante a parte dos grevistas de Chicago.

Ninja Assassino (Ninja Assassin)
Ninja

Ambos os filmes tratam de ninjas e têm um ritmo alucinante de ação. São semelhantes, mas diferem em orçamento e na abordagem. Um é mais ocidental, mas tem protagonista oriental, outro é mais oriental mas o protagonista é ocidental. Um lida mais com a mítica dos ninjas, até exagerando, outro é mais pé no chão. Em um os ninjas se transformam quase em demônios, nas sombras, se proliferando como peste, no outro é mais algo mano a mano. Mas um tem Sho Kosugi, aí é covardia. Os dois são um programão.

Inu To Watashi No 10 No Yakusoku

Filme de cão para chorar. Parece Marley & Eu ou Hachiko, mas não é, só que pertence ao mesmo "gênero". Filme japonês onde, como sempre, é muito curioso ver o quanto os japoneses evitam contatos físicos entre pessoas com certa intimidade, mas são extremamente táteis e carinhosos com os cães (pela lógica deveriam evitar tanto quanto evitam com humanos, não?). Por exemplo, um abraço entre um homem e uma mulher é algo espantoso que tem até explicação em off (ele passou muito tempo na França, se ocidentalizou). Por isso, quem não é acostumado, deve achar muito esquisito cenas emocionais entre pai e filha, entre amigos/namorados e não haver contato, mas na primeira chance agarrar, acariciar e beijar os cachorros.

Por Uma Vida Melhor (Away We Go)

Um bom trabalho do Sam Mendes, menos artificial do que de costume. Só que metade dele ainda fica com aquele aspecto de construção, só se libertando mais pro fim. As figuras que vão aparecendo pro casal são por demais caricatas, como se fossem motivo de gozação, enquanto o casal é visto como "normal" diante dessa fauna exótica. Esse esquema quase estraga o filme (Férias Frustradas era assim, por exemplo, mas era uma comédia escrachada), mas aos poucos isso vai sendo quebrado, começando com o casal na casa noturna e indo pro final, mais real, com sentimentos mais paupáveis, culminando no casal na cama elástica. Se o filme fosse todo assim, com encontros mais significativos e menos humorísticos/sarcásticos seria ótimo.

Gigantesco (Gigantic)
The Good Life

Os dois filmes têm a Zooey Deschanel no elenco (e por isso que os vi), daí se conclui (ou não) que ela gosta de uns filmes esquisitos. Não tanto pela narrativa, que é comum, mas pelas situações e personagens, peculiares pra não dizer mais. Em ambos ela acaba sendo apaixonante. Vale a curiosidade de conferí-los.

Watchmen (Idem)

Se não achei os quadrinhos grande coisa (talvez a obra mais fraca que li do Alan Moore) o filme não iria me entusiasmar. Até que a adaptação foi correta, com algumas modificações que nem precisavam. Achei o uso das músicas muito ruim, não pelas canções, mas pelo tom das cenas e a época (coisas 60s num cenário 80s, Hallelujah em cena de sexo...). E sem falar nas câmeras lentas...

A Difícil Arte De Amar (Heartburn)

Daqueles filmes antigos que parece que todos viram, menos você. Um outro assim que preciso ver é Laços De Ternura. Apesar de ser curioso por ser o retrato do que foi o casamento, na vida real, de Nora Ephron com o Carl Bernstein, o filme não empolga e fica morno até o fim.

Um Olhar Do Paraíso (The Lovely Bones)

Que misturada esse filme! Nem sei se o livro é assim (eu li o começo dele e estava achando ok), mas em filme ficou desencontrado. Pior que isso é não ter sequer um sentido do por quê vermos a garota no que pode ser o purgatório já que nem para ajudar a capturar seu assassino ela presta, ela só descobre as demais vítimas dele e consegue incorporar na moça pra ter seu primeiro e último beijo... E o assassino acaba morto à la deus ex-machina. O que mantém o interesse é a Saoirse Ronan, fascinante, fica evidente o quanto a câmera (e o diretor?) se apaixonou por ela. Nasceu pro cinema. Ela me parece uma jovem Cate Blanchett.


posted by RENATO DOHO 1:11 AM
. . .
Comments:


. . .