RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sábado, julho 31, 2010
Kick Ass – Quebrando Tudo (Kick Ass)

A ideia de um herói na vida real não é novidade e com tantas paródias por aí o filme quase cairia na vala do comum, isso não ocorre em partes, o filme ainda contém muita coisa reprisada que vai de Homem Aranha à Matrix passando por, pasmem, Super Heroi – O Filme.

O que compensa a manjada história principal é a história paralela de pai e filha que viram Big Daddy e Hit Girl. O tom bem mais de quadrinhos (com origem, motivações, treinamentos, esconderijos, armas especiais, etcs) e um aspecto levemente mais sério (afinal eles realmente matam seus adversários) os torna muito mais interessantes do que o nerd que de repente resolve se fantasiar de super heroi e sair por aí tentando fazer justiça.

O fato de Hit Girl ser uma garota de meros 13 anos dá ao personagem um toque excitante, de como uma garotinha que se pode passar por inocente ser uma matadora fria e habilidosa.

A participação de Nicolas Cage foi uma surpresa e a Elizabeth McGovern eu nem percebi, apenas quando a vi listada nos créditos. Não conhecia o protagonista, Aaron Johnson, que foi uma boa escolha. Chloe Moretz como a Hit Girl é o destaque novamente.

A parte “ação” do filme é melhor do que a humorística, ou melhor, a parte cômica fica melhor quando há ação, violenta ainda por cima.

Abre-se portas para uma continuação que será filmada em breve. Só não entendi no plano final o protagonista ser o único sozinho, lendo um gibi, quando lembramos da sua namorada (o que aconteceu com ela?) que deveria estar ainda mais apaixonada por ele após tudo o que ocorreu.


posted by RENATO DOHO 12:45 AM
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sexta-feira, julho 30, 2010
Esta Mulher É Proibida (This Property Is Condemned)

Um romance com tons trágicos que tem na dupla Robert Redford e Natalie Wood seu grande trunfo. A fotografia, sempre destacada, é de James Wong Howe. Segundo longa de Sydney Pollack, adaptação de uma peça de Tennessee Williams e roteiro com participação de Francis Ford Coppola. E no elenco ainda temos Charles Bronson! Natalie Wood em pleno auge da beleza.

A Ressaca (Hot Tub Time Machine)

O argumento é inacreditavelmente besta, uma máquina do tempo numa banheira, mas conforme o filme vai transcorrendo fica parecendo uma referência/piada à De Volta Para O Futuro, já que muita coisa se remete ao filme e a ideia inicial era que em vez do DeLorean a máquina do tempo era numa geladeira (mudado para que crianças não tentassem imitar). Por vezes o filme é quase um remake de De Volta Para O Futuro, só que com 3 amigos e uma trilha sonora hard rock.

Atraídos Pelo Crime (Brooklyn’s Finest)

Três histórias envolvendo a criminalidade no Brooklyn tem seus méritos e deméritos. A tensão e a condução são qualidades, mas a amarração das histórias e o sentimento por detrás das ideias lembram muito o lado mais criticável do cinema de Iñarritu. Um certo direcionamento forçado de personagens e situações para exemplificar um ponto deixa o filme aprisionado, condenado à teoria que o roteiro quer imprimir (quando na melhor situação é o filme que tem que dominar os realizadores, quase que se direcionando por vontade própria).


posted by RENATO DOHO 11:26 PM
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quinta-feira, julho 29, 2010
Encontro Explosivo (Knight And Day)

Poderia ser uma despretenciosa aventura com uma dupla de astros, acabou sendo uma banal história com alto orçamento. Os problemas são a trama idiota que ao invés de ser simples para não evidenciar seus furos vai se explicando para piorar cada vez mais, surgindo questões, como por exemplo, por quê aquele esquema todo complicado do avião apenas para matar uma pessoa? Isso nem deveria ser algo pra se pensar, mas a narrativa força o espectador a ficar repensando as coisas, e aí vamos vendo os defeitos. O recurso dos blackouts podem ser por um lado interessante ao criar elipses mas ao mesmo tempo evidencia a falta de preparo da trama que tem que ter "pulos" para fazer sentido (imagine um pai que não sabe ler, fingindo que sabe, lendo uma estorinha para sua filha e criando a narrativa apenas pelos desenhos e tendo que fazer malabarismos lógicos quando o próximo desenho vai contra o que ele estava contando). E creio que justamente os momentos 'apagados' são bem mais interessantes do que os mostrados, mas só não são porque não saberiam mostrar como as coisas se resolveriam diante das situações. As cenas de ação são mal feitas, mas pior, são mal escritas, como a de Tom Cruise em cima do carro 'resgatando' Cameron Diaz, a constante necessidade de piadinhas do Cruise misturado com a ação, que supostamente deveria eletrizar, com atitudes sem sentido (que são várias no filme todo, basicamente tudo só corre bem por milagre do acaso, porque se dependesse da competência do protagonista ou da mocinha, estariam mortos logo de início). Nem os filmes do James Bond acreditam mais nesses exageros sem um pingo de credibilidade. Assim banalizasse a ação. Nem vou ficar falando de como a Diaz parece uma menina em apuros para em segundos virar uma expert (é tão abrupto que o personagem de Tom tem que exclamar "como você é habilidosa" pro público engolir essa) e também o lance do celular que espiona os pais, etcs. Ah, e todos os personagens, como são mal construídos! Tanto que parecem figuras (e olha que o filme é longo). O filme não se decide e fica no meio de tudo, e por isso mesmo é morno, esquecível.


posted by RENATO DOHO 9:30 PM
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quarta-feira, julho 28, 2010
Missão Quase Impossível (The Spy Next Door)

Boa aventura de Jackie Chan num filme americano para o público juvenil. Só fica devendo, como sempre, se comparado ao que Jackie pode fazer em outro tipo de produção.

A Saga Crepúsculo – Eclipse (The Twilight Saga – Eclipse)

Melhor que o anterior, há mais ação. Ainda continua a impressão que nada ocorre o filme todo, quase como os Vultures na narrativa, vindo do nada, chegando ao nada, indo embora pro nada (vergonha para a Dakota Fanning que em sua "ação" nem precisa se mover). A cena engraçada, não sei se de propósito, é a da barraca, num clima homo-erótico que remete logo à Brokeback Mountain. E cada vez mais fica o questionamento do por quê Bella ama Edward ou Jacob ama Bella ou Edward ama Bella e assim vai, o público meio que tem que acreditar porque é, mas os filmes não oferecem muitos motivos/situações para isso. O romance de Alice e Jasper é muito mais crível em contraste. Aliás a Alice é mais interessante que a Bella.

As Safadas

Três curtas onde as mulheres mostram o por quê do título do filme. O do Reichenbach tem um aspecto nostálgico com relação à São Paulo e uma época que já vale. O último é o mais erótico e engraçado, mais condizente com o título e a proposta. O do Inácio tem uma resolução pífia.

Ação Direta (Direct Action)

Há muito tiroteio e ação o que compensa a precariedade que Sidney J. Furie imprime ao filme. A trama que dura um único dia faz ressaltar os absurdos das situações. Segunda parceria de Furie com Dolph Lundgren - nem melhor ou pior do que a anterior.

Esquadrão Classe A (The A Team)

Tudo o que o filme queria ser Os Perdedores já é. Na comparação o grupo é pior (sem química), a personagem feminina é fraca, a ação é picotada e mal mostrada, o vilão é ruim, a trama é complicada demais à toa, e o recurso de paralelismo entre planejar a ação e mostrá-la parece mastigar tudo pro público não se perder (e estragar a graça da cena). E pra quem via a série fica pior ainda pois quase nada a lembra - a coisa de inventar como eles se conheceram ficou horrível.


posted by RENATO DOHO 11:27 PM
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quarta-feira, julho 21, 2010
Rubicon - Pilot



Há tempos não via um piloto de série com trama e direção tão boas. Uma das melhores coisas do piloto é o seu ritmo, que não se quebra usando recursos que seriam facilmente utilizados em certas cenas. A trama que envolve inteligência e mistério poderia ter virado um thriller banal, mas aqui há o tempo dos personagens pensarem e o talento de acharmos que realmente estão pensando. O protagonista, por exemplo, parece brilhante mesmo. Óbvio que decepciona quem espera um outro clima e ritmo nesse tipo de gênero.

A trilha é marcante e há belas composições de cena (o diretor vem de Família Soprano). Há um clima anos 70 que permeia tudo, mesmo que o cenário seja nos dias de hoje. Caso continue com esse ritmo e não extrapole em soluções extravagantes (trilhando um caminho já batido e inútil) a série tem tudo para ser excelente.

Bom não saber muito do seriado para conferir o piloto, melhor ir descobrindo aos poucos, pois o próprio piloto não faz muita questão de mostrar exatamente sobre o que é a série.


posted by RENATO DOHO 8:15 AM
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quarta-feira, julho 14, 2010
Toy Story 3 (Idem)

Na memória recente o que mais me impactou da trilogia, um grande filme não só para crianças, ou melhor, um grande filme para adultos.

Arrancada Da Morte (Red Ball Express)

Um comboio histórico e real realizado pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial logo após do Dia D. Direção de Budd Boetticher.

Um Paraíso Havaiano (Hura Garu)

História inusitada, mas real, de uma vila japonesa que diante da crise de sua principal fonte de empregos (as minas de carvão) tenta botar em prática uma espécie de centro cultural havaiano para atrair turistas e para isso um grupo de garotas começa a treinar o ula ula. Engraçado e emocionante.

Mulheres Da Noite (Yoru No Onnatachi)

Ótimo filme sobre a prostituição feminina no Japão pós-guerra dirigido por Kenji Mizoguchi. A crueldade vai tomando forma até o final absolutamente devastador, extremamente simbólico e num plano memorável, quase um painel da barbárie.

Astro Boy (Idem)

Lembro mais da figura do personagem do que dos antigos episódios então tudo soou novidade. Essa versão americana captou muito bem a criação do mestre Osamu Tezuka e contou com boa dublagem com elenco bem conhecido. Ótima aventura familiar com subtextos bem interessantes sobre alma, criação, paternidade e orfandade.

Os Perdedores (The Losers)

O mais próximo de uma verdadeira sessão aventura transposta para o cinema e ao contrário de outros filmes baseados em séries de tv a origem aqui é dos quadrinhos. O grupo é bem composto, conta com uma ótima presença feminina (Zoe Saldana), o vilão é ao mesmo tempo engraçado e odioso (Jason Patric), a trama se sustenta sem exageros, e conta com cenas de ação muito boas. Melhor de tudo, dá vontade de ver uma sequência!

Quebra De Confiança (Breach)

Segundo filme de Billy Ray com tema parecido ou mesmo tipo de questão, ambos baseados em histórias reais: a complexidade da mentira (ou da verdade). Mesmo sabendo da história real nos envolvemos com os personagens e ficamos duvidando que possa ser o que aparenta ser. Chris Cooper faz um grande trabalho de composição, aprofundando alguém sem que ao final saibamos quem ele realmente é, o tornando tão real quanto a real pessoa da história.


posted by RENATO DOHO 6:20 AM
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