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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, setembro 01, 2010
Meu Corinthians!



100 anos! Parabéns!

Não sei bem quando começa minha história com o timão. Não há ligação próxima a mim de algum corinthiano que tenha influenciado: boa parte da minha família (tios, primos) é de são-paulinos, meu pai é santista e meus amigos de infância nem lembro de seus times (lembro de alguns palmeirenses). Mas um acontecimento marcou: eu, molequinho, em Ribeirão Preto indo com meu pai e meu tio comprar gelo para um churrasco encontramos o Sócrates no mesmo lugar e ele passou a mão na minha cabeça e comentou algo positivo. Aquilo confirmou meu coração corinthiano e aumentou ainda mais a paixão, mas eu já torcia pelo time, então não sei bem como virei torcedor.

Depois a escolha foi parecendo óbvia, eu me identificava com vários aspectos do time, dentre eles: no meu interesse cada vez maior com líderes negros (King, Biko, Mandela) o time que mais havia negros era o Corinthians (e cujos ídolos negros foram vários: Basílio, Zé Maria, Vladimir, Viola, Vampeta, Marcelinho Carioca, etcs); a torcida identificada como Fiel; o eterno sofrimento onde nada é fácil e nem sempre se vence; os jogadores que tinham uma familiaridade que não vi em outros times (e naquela época não trocavam tanto assim), o Neto parecia alguém que moraria na minha rua ou o Biro Biro, até o Vicente Matheus (que figura!) era como se fosse o dono do bar da vizinhança; o aspecto do povão do time ao contrário de um sentimento quase mitológico que o Santos tinha (por causa do Pelé), de elitismo que o São Paulo sempre teve - tanto com relação aos jogadores (Leonardo, Raí, Waldir Peres, Ceni, Pita) quanto os torcedores - e o aspecto tosco do Palmeiras (Edmundo, Paulo Nunes e Evair são jogadores típicos do time).

Depois os corinthianos famosos gente boa Toquinho, Serginho Groisman, Silvio Santos, Dan Stulbach, Washington Olivetto, Lula, Antônio Fagundes...

Claro que com o tempo fui deixando de acompanhar o time, muitas vezes sem ao menos saber quem exatamente estava na escalação, mas o amor sempre se manteve. E com o Mano Menezes voltou o interesse de acompanhar de vez em quando.

Tem gente que falaria das conquistas, mas eu mal sei quantos de cada torneio (e os anos e os times), o que sempre valeu muito mais é a jornada, tanto nas vitórias quanto nas derrotas. Pra mim seria como avaliar minha família por suas posses, títulos, salários, cargos, propriedades, status, etcs.

posted by RENATO DOHO 12:07 AM
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